Hoje, não temos mais problemas com criação de conteúdo e basta abrir qualquer rede social para saber disto. O que precisamos de fato é criar o conteúdo certo.
Assim como em posicionamento de marca, devemos entender que tipo de conteúdo temos que criar. Não é à toa que vemos diversos conteúdos iguais disputando uns com os outros, não dizendo que quem o faz está errado. Mas, pode não ser uma escolha muito interessante para o seu público, uma vez que ele possa ler a mesma informação em vários lugares.
E por isso, não deve criar? Com toda certeza, deve sim criar. Mas percebo que na grande parte dos conteúdos que leio ou assisto, falta personificação, algo que tenha a sua identidade. E não estou aqui falando de design, mas de personalidade.
“Podemos dizer a mesma coisa, de formas diferentes.”
Sim! Eu acredito que você pode criar o seu conteúdo de forma diferente, ainda que seja o mesmo assunto, mas com a sua personalidade. Aquilo que o leitor ou espectador reconhece que é você quem está falando.
Criar o conteúdo certo vai além da persona, público-alvo, tom de voz. Acredito que, caso já seja um criador de conteúdo, então você já tenha mapeado. Se não, está fazendo uma panfletagem para cobrir seu calendário editorial.
Nesta onda de quem sai primeiro vence, percebo que não estão dando a devida atenção ao conteúdo de qualidade, que: informe, eduque, reflita. Mas, que precisa apenas estar ali, ainda que seja de qualquer maneira. Não é atoa que estamos em um momento em que os conteúdos estão se tornando desinteressantes. No entanto, não estou dizendo que todos fazem dessa forma.
No meu ponto de vista, conteúdo certo é um conteúdo pensado para o seu público. Como diz Seth Godin: “É mais fácil pintar a piscina de roxo (não lembro a cor exata…rs) do que o mar.” Essa frase reflete exatamente meu pensamento: quando você quer falar com todo mundo, você não fala com ninguém. É preciso se posicionar para criar uma marca forte, falar de maneira criativa, única e com muita riqueza. Exibir seus pontos críticos sobre o tema e não se importar com o que irão pensar, isso é posicionamento.
O leitor vai compreender seu tom, sua forma de pensar, criticar e criar uma conexão com quem realmente vai ser seu fiel leitor, seguidor, fã, seja lá qual for o nome que deseja dar.
Estamos precisando de mais conteúdos, mas não como estes que estão explodindo nas redes, conteúdos que nos enriqueça, que ao terminar de ler, você queira conhecer mais. Não só mais um conteúdo com técnicas de x e y para engajamento, que logo depois nem sabe quem você é.
Escuto a tantos anos de professores, empresas e palestrantes dizendo que estamos no tempo de colocar o cliente no centro. Será mesmo que estamos fazendo isso? Porque, um conteúdo que conecta com o cliente, é feito para ele e não para nós. E é claro que esse conteúdo deveria vir com tudo que já disse, mas que deveria refletir o cliente.
Enquanto isso, ficará refém dos 10 milagrosos passos do engajamento, do like, dos gatilhos mentais e não estará falando com o seu cliente. Pois, esse conteúdo não o reflete. E nem disse ainda dos conteúdos criados por IA. Não sou contra e uso, mas não no sentido de deixar a máquina ser o criativo, e sim usar a máquina como uma ferramenta para aprimorar o que você não conseguiu ver naquele momento. Penso que isso é extremamente útil e produtivo, se usado de forma criativa.
Está na hora de criarmos conteúdos autênticos e cheios de personalidade, onde reflita sua empresa, sua marca pessoal e que de fato seja feito tudo isso com foco no seu cliente.
Você escuta seu cliente?
Você conhece suas dores?
Você já ouviu dele o que ele gostaria de saber sobre o teu negócio?
Você já ouviu o que ele não gosta no seu negócio?
Precisamos parar para ouvi-los, criar conteúdos melhores e não ficarmos preocupados com métricas de ego.
Pense nisto!
Um abraço,
Douglas Oliveira